7 de setembro: Independência do Brasil
Olá, leitores!
No dia 7 de setembro de 1822, às margens do Ipiranga, Dom Pedro I declarou a Independência do Brasil. Entretanto, desde o final de 1807, já ocorriam movimentos pedindo a separação do Brasil de Portugal.
Vamos entender alguns fatores que levaram ao início da Independência do Brasil?
Família Real Portuguesa no Brasil
Em 1807, fugindo da invasão francesa, a família real portuguesa veio para o Brasil e trouxe diversas mudanças econômicas, culturais e científicas.
A primeira medida tomada pelo Rei João VI e que mudaria a economia do país, foi a abertura dos portos para nações amigas. Por exemplo, em 1810, assinou o Tratado de Comércio e Navegação, diminuindo os impostos aos produtos ingleses.
Na cultura e na ciência, tivemos a instalação de universidades e bibliotecas, portanto, atraindo muitos artistas e intelectuais da época.
A Família Real trouxe muitos avanços para o Brasil, pois tinha o objetivo de tornar o país parte de Portugal, deixando de ser uma Colônia.
Revoluções mostram a insatisfação do povo
A família real trouxe modificações tidas como boas e outras, ruins. Por isso, este processo trouxe insatisfação a alguns grupos, pois passaram a pagar impostos mais altos para sustentar a família real no Brasil.
Assim, algumas revoluções surgiram:
Revolução Pernambucana
Esse movimento social se ergueu em 1817, buscando a maior autonomia das províncias e reforma nos altos impostos pagos para sustentar a coroa.
Porém, as forças militares do governo reprimiram fortemente a Revolução.
Revolução do Porto
A Revolução do Porto foi um movimento muito importante para o início do processo de independência do Brasil, onde os portugueses exigiam o retorno da corte portuguesa e o Rei João VI a Portugal, visto que o Brasil se destacava por não ser mais colônia e ser a sede do império português.
Grandes tensões surgiram no Brasil, no período, por Portugal desejar manter laços coloniais com o Brasil e o monopólio econômico sobre ele. Devido a essas tensões, a família Real e o Rei João VI retornam a Portugal, no dia 26 de abril de 1821, deixando Pedro de Alcântara, seu filho como regente.
Começa, de fato, a Independência do Brasil
Dia do Fico
Os ânimos começaram se acirrar ainda mais, a partir do momento que exigências são feitas, como a de retirada de todos os bens da era joanina no Brasil para Portugal, porém, quando a exigência do retorno de Pedro de Alcântara é feita, a resistência dos brasileiros aumenta.
Com isso, surge o Clube da Resistência, que reuniu muitas assinaturas pedindo que Dom Pedro (Pedro de Alcântara) ficasse no Brasil e esta foi ação tomada pelo príncipe regente, marcando o “Dia do Fico”, onde Dom Pedro alegou ficar no Brasil a pedido do povo.
Medidas são tomadas quanto a Portugal
Medidas que iam contra os interesses portugueses começam a surgir, como a do “Cumpra-se”, medida a qual só permitia que as leis portuguesas se aplicassem ao Brasil com autorização de Dom Pedro. Também a convocação de eleições para a criação de uma Assembleia Constituinte.
O Grito da Independência
Em 28 de agosto de 1822, chega uma ordem de Lisboa exigindo o retorno de Dom Pedro a Portugal, ordem esta lida por sua esposa, Maria Leopoldina, que possuía influência em tomadas de decisões. Maria Leopoldina reuniu uma sessão e assinou uma declaração de independência a Portugal, logo após a encaminhou para Dom Pedro que se situava em São Paulo.
A declaração foi entregue a Dom Pedro nas proximidades do Rio Ipiranga e foi quando, supostamente, Dom Pedro teria dado o “Grito da Independência”. Porém, não há registros desse fato ou deste momento. Assim se marcava o Dia da Independência do Brasil, dia 7 de setembro de 1822.
No dia 12 de outubro de 1822, Dom Pedro é aclamado Imperador do Brasil e é coroado no dia 1 de dezembro.
Conflitos após a independência
Nem todos aceitaram a emancipação do Brasil a Portugal e continuaram a seguir Portugal.
Pará, Bahia, Maranhão e Cisplatina (região pertencente ao Uruguai, atualmente) foram os principais estados a se oporem ao movimento de independência.
O processo teve consequências positivas e outras negativas. O Brasil sofreu algumas consequências com o movimento de independência, como por exemplo, o endividamento do Estado pelo pagamento de 2 milhões de libras a Portugal, como indenização aos portugueses.
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Nicolas Betin