A importância do passado para entender o presente
Usar do passado para entender o presente é muito importante, porque é através das histórias do passado que podemos aprender mais sobre nós mesmos, sejam elas as histórias de nossos pais, da nossa infância ou a História da nossa região.
Apesar dessa importância, a História enfrenta inúmeros desafios, principalmente aqui no Brasil, onde a área precisa lidar com a precarização, o crescimento das fake news e até com casos bem graves, como os incêndios nos museus.
Neste Dia do Historiador, a professora de História da Escola Vereda, Bruna Marques, compartilha sua visão sobre como podemos mudar esse cenário. Vamos lá?
Como o passado ensina sobre o presente
Sabemos que o presente não existe sem o passado e vice-versa, mas por que aprender a própria História é tão essencial?
Você com certeza já ouviu o conto da Chapeuzinho Vermelho ou a fábula da Cigarra e da Formiga, não é mesmo? Essas narrativas nasceram em tradições orais, em que as pessoas, com pouco acesso à própria História, precisavam delas para passar ensinamentos sobre o presente.
Hoje em dia, estes relatos ainda existem e cumprem este papel, mas também temos acesso a outros, que são os relatos históricos reais, investigados e reconstituídos por pesquisadores e historiadores e que nos trazem grandes ensinamentos.
A conservação da História no Brasil
Quando falamos de registro histórico, pensamos muito nos museus e com razão. Um museu é um acervo (seja físico ou virtual) que guarda materiais importantes para a educação e cultura. Sendo assim, um museu é um local muito valioso para a História de um país.
Além disso, o museu compartilha suas pesquisas com a sociedade e, por isso, potencializa o conhecimento que a História nos proporciona.
Porém, o movimento de desvalorização do museu, aliado ao constante ataque às instituições culturais, leva à precarização desses espaços. Ou seja, há cada vez menos investimentos nos museus, menos fiscalizações de segurança, menos adesão do público, etc.
Decorrência disso são os trágicos incêndios nos museus brasileiros, sendo o mais recente deles em um galpão da Cinemateca Brasileira, em São Paulo. Apenas este museu já pegou fogo cinco vezes!
Sobre o assunto, a professora Bruna comenta:
“Acredito que muitas pessoas se comovem com os incêndios nos museus, mas nem todas se dão conta da imensidão de perdas históricas e culturais causadas por eles. Falar mais sobre esse assunto suscita em mim a esperança de que estamos nos incomodando com essas situações e talvez nós conseguiremos atingir a consciência das pessoas responsáveis pela manutenção destes locais e, quem sabe, seja possível prevenir este tipo de acontecimento.”
Como mudar essa história?
A conservação dos museus brasileiros e a valorização da História no Brasil são responsabilidades que precisam ser divididas. Nós já evoluímos muito, segundo a professora Bruna, conquistamos, por exemplo, “a regulamentação da profissão do Historiador, que foi um passo extremamente importante para a valorização da pesquisa e da História como ciência”, mas ainda há um longo caminho.
Nós, como escola, precisamos reforçar a importância desses espaços e, principalmente, valorizar nossas professoras e professores de História!
Como cidadãos, nós podemos visitar mais nossos museus, conhecer a história local e pesquisar as iniciativas culturais que nos cercam.
Quer começar a visitar museus? O Museusbr é uma plataforma de informações sobre museus brasileiros e reúne uma série de mapas incríveis sobre o assunto. Outra dica é: na maioria dos museus, principalmente em cidades turísticas, há sempre um dia na semana em que a visita é gratuita. Para descobrir é só pesquisar!
Não deixe de conhecer mais a História, você pode aprender mais sobre o presente e, quem sabe, achar um período histórico favorito. O da prô Bruna, é o Renascimento, qual será o seu?
Para entender o presente, e necessario conhecer o passado. Isso é uma lógico e racional, portanto deve ser uma obrigação desde os primeiros anos ou momento que haja o despertar da curiosidade das crianças ainda em tenra idade.
Questionar é aprender, e ao dar respostas claras e verdadeiras, deixamos fluir os pensamentos livremente, para que haja pensadores e não quem são tolidos a pensar, e ser iguais a todos em um mesmo lugar.